Um olhar lançado nos arredores, lá está um a maltratar um ser indefeso.
Um outro olhar adiante, mais um, desta vez, depositando aos ares, cargas de
putrefata especulação da vida alheia ao outro ou aos outros. Mais uma olhada,
involuntária como as outras, mais uns tantos a consumir aquilo que na realidade
lhes consome.
O lado inofensivo da vida também é tangível, eu sei que é. Mas me parece
cada vez mais pálido, mais franzino, mais distante do agrupamento social. Pelo
menos lamuriar eu posso. Pelo menos.
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